Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado Da vossa piedade me despido, Porque quanto mais tenho delinqüido, Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto um pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido: Que a mesma culpa que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na Sacra História:
Eu sou, Senhor, ovelha desgarrada; Cobrai-me; e não queirais, Pastor Divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória.
Fonte: http://www.poesiaspoemaseversos.com.br/gregorio-de-matos-poemas [Fragmentado] - Acesso em 02 de Outubro de 2016
*A Análise:
Gregório de Matos, nesse poema, faz uma admissão de seus pecados em um diálogo com Deus, assumindo as consequências de seus erros e pecados cometidos, mas ao mesmo tempo podemos observar que o autor se declara arrependido e clama pela misericórdia de Deus, que Deus o perdoe com sua luz que seria o caminho de sua salvação. Podemos destacar também a linguagem usada na época, que é diferente da linguagem utilizada pelos autores de hoje.
Aluno: Marcos Paulo - Turma C