*O Texto:
Triste Bahia! oh, quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado,
Pobre te vejo a ti, tu a mim empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mim abundante.
A ti trocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando e tem trocado
Tanto negócio e tanto negociante.
Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.
Oh, se quisera Deus que, de repente,
Um dia amanheceras tão sizuda
Que fora de algodão o teu capote!
Fonte: http://www.academia.org.br/academicos/gregorio-de-matos/textos-escolhidos [Fragmentado] - Acesso em 09 de Outubro de 2016
*A Análise:
Na poesia, A cidade da Bahia, o autor Gregório de Matos retrata a sociedade brasileira a partir de uma produção satírica. Começando pela cidade da Bahia. É a partir desse tipo de poesia que Gregório de Matos sai dos padrões linguísticos do barroco visto nas outras poesias, assim empregando palavrões ou expressões populares como "gírias". Uma importante informação e que nessa época a cidade da Bahia foi devastada por uma cólera, conhecida de ''peste", matando grande quantidade das pessoas. Na primeira estrofe da poesia o eu-lírico percebe uma transformação ocorridas no estado fazendo um discurso de lamentação, tristeza, angústia, etc. Já na segunda estrofe se vé o homem é sua terra natal como moeda de troca, exemplo" A ti trocou-te.
Aluno: Jean Carlos Félix - Turma C