*O Sermão:
Vos diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção; mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? (...) Enfim, que havemos de pregar hoje aos peixes? Nunca pior auditório. Ao menos têm os peixes duas boas qualidades de ouvintes: ouvem e não falam. Uma só cousa pudera desconsolar o Pregador, que é serem gente os peixes que se não há-de converter. Mas esta dor é tão ordinária, que já pelo costume quase se não sente (...) Suposto isto, para que procedamos com clareza, dividirei, peixes, o vosso sermão em dois pontos: no primeiro louvar-vos-ei as vossas atitudes, no segundo repreender-vos-ei os vossos vícios. (...)
Fonte: http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/s/sermao_de_santo_antonio_aos_peixes [Fragmentado] - Acesso em 30 de Setembro de 2016
*A Análise:
Um dos sermões de Padre Antônio Vieira é o Sermão de Santo Antônio que foi criado no ano de 1654. Essa obra é considerada uma alegoria. Nesse sermão são encontradas muitas figuras de linguagem. Ele também critica a prepotência dos grandes, que, como peixes, vivem do sacrifício de muitos pequenos, os quais "engolem" e "devoram". O alvo são os colonos do Maranhão, que no Brasil são grandes, mas em Portugal "acham outros maiores que os comam, também a eles".
Aluno: João Victor Menegatti - Turma C
Muito importante analisar este fragmento do Sermão escolhido, como Padre Antônio Vieira utiliza muita figura de linguagem como a Metáfora. Algo bem óbvio é a utilização do nome de Deus, até porque, estamos se tratando de um sermão escrito por um Sacerdote da Igreja Católica. Uma coisa que me chama a atenção é que bem dá para se notar o quão observador e detalhista é o autor. E que dá para retratar muito a corrupção nesta época, lembrando que Padre Antônio Vieira é um autor muito reconhecido e famoso, existente no início do Movimento Literário Barroco, corrupção essa retratada que só veio agravando e evoluindo, como vemos nos dias de hoje. É um texto com uma linguagem bem utilizada na época e no momento que se vivia, pois vivia-se uma mudança na literatura entre ambos os sentido pela forma estrutural, gramatical e pelo contexto em que se vivia os principais autores do Movimento Barroco.
ResponderExcluirNo texto do Padre Antônio Vieira e na análise feita pelo João Victor menegatti , podemos perceber que ambos tentam passar a idéia de que "pessoas importantes " dependem de muitas pessoas " menos importantes" para continuarem com esse status e mesmo assim sempre tentam diminuir e calar a maioria trabalhadora e injustiçada . E isso é um retrato do cenário atual , em que trabalhadores não são valorizados justamente e suas condições de vida e de trabalho são péssimas .
ResponderExcluirNa análise feita pelo Joao Victor Menegatti, ele diz que o texto é uma alegoria, bem provável, já que o texto utiliza figura de linguagens e pela época que isso acontece se percebe pela linguagem escrita no texto, como Jhonata disse, óbvio a utilização do nome de Deus por estar se tratando de um Sermão que tinha grande qualidade como orador.
ResponderExcluirComo nosso companheiro de equipe retratou no comentário do texto. O texto traz uma linguagem metáforica, trazia bem o assunto da corrupção da época bem parecida com os dia de hoje.
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ResponderExcluirO texto de Vieira, datado do século XVII, traz uma inquietante contemporaneidade, pois seus temas principais são a ganância humana e a corrupção da sociedade, assuntos bem presentes no nosso dia a dia . Por meio de uma linguagem finamente elaborada e com figuras de linguagens como a metáfora .Vieira nos faz refletir sobre os desafios da sociedade de seu tempo, nos ajudando também a pensar sobre a realidade em que vivemos.
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ResponderExcluirAchei bem interessante a análise e o texto. Podemos destacar o uso de trechos bíblicos para reforçar o sermão que o autor quer passar, que aborda também um pouco de corrupção.
ResponderExcluirMarcos Paulo
Pessoal, não basta citar que no texto tem figuras de linguagem. É preciso dizer quais são essas figuras, explicá-las e apontar os trechos em que elas se encontram. Cuidado com a escrita. Ainda há problemas nos textos de vocês.
ResponderExcluirNinguém falou sobre o conceptismo até agora.
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