*O Soneto:
Quem deixa o trato pastoril amado
Pela ingrata, civil correspondência,
Ou desconhece o rosto da violência,
Ou do retiro a paz não tem provado.
Que bem é ver nos campos transladado
No gênio do pastor, o da inocência!
E que mal é no trato, e na aparência
Ver sempre o cortesão dissimulado!
Ali respira amor sinceridade;
Aqui sempre a traição seu rosto encobre;
Um só trata a mentira, outro a verdade.
Ali não há fortuna, que soçobre;
Aqui quanto se observa, é variedade:
Oh ventura do rico! Oh bem do pobre!
Disponível em: http://googleweblight.com/?lite_url=http%3A%2F%2Fwww.biblio.com.br%2Fconteudo%2FClaudioManoeldaCosta%2Fmpoemas.htm&ei=qtNfskb4&lc=pt-BR&s=1&m=30&host=www.google.com.br&ts=1479003483&sig=AF9NedlNeuqWKUOBJZOmLTPIoMJd-bJc1g [Fragmentado]
*A Análise:
O poeta já deixa claro qual é o tema de seu soneto: a tranquilidade do campo e a corrupção da vida urbana. Sendo assim, nos primeiros versos o eu-lírico, por meio duma metáfora, “o rosto da violência”, sintetiza o quão desastroso pode ser deixar o campo. E, é essa a situação do sujeito-lírico, ele adverte àqueles que planejam deixar o trato pastoril que na cidade os desgostos e as desilusões são inevitáveis.
Aluno: Marcos Paulo - Turma C
Neste Blog você poderá se aprofundar com as principais obras dos autores dos movimentos literários Barroco e Arcadismo. Você encontrará um material completo, com análises e debates relacionados com ambos os movimentos da literatura. Visando enriquecer o conteúdo, também estará incluído questões do Enem, relacionadas com estes movimentos literários e além de um rico material audiovisual.
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O soneto mostra dois lados: o lado pastoril do campo e o lado urbano. O lado pastoril do campo é descrito como um lugar de tranquilidade, de paz e de beleza, a natureza como diz o soneto: "Ali respira amor sinceridade;" mostrando mais uma vez que um campo, a natureza em si é o lugar ideal para se sentir o amor, a paz, a honestidade, a verdade e tranquilidade. O autor faz críticas duras e satíricas com ironia de alguém em que o nome não é citado por sair de um campo pastoril para o meio urbano: "Um só trata a mentira, outro a verdade." O que trata a mentira segundo o autor seria o meio urbano com suas corrupções e mentiras do cotidiano.
ResponderExcluirO autor demostra duas visões do mundo. No primeiro momento da poesia ele mostra o lado da vida urbana "das cidades" é critica esse meio "quem deixa o tratado pastoril, pela ingrata, civil correspondência, ou desconhece o rosto da violência, ou do retiro a paz não tem provado", já quando passa para o meio rural em que ele mostra a paz de se viver em harmonia com a natureza, sem crime, sem violência ou qualquer coisa que atrapalhe a paz no campo.
ResponderExcluirPercebemos que o texto é um soneto, a partir de sua formação com 2 quarteto e 2 tercetos. No soneto o autor mostra dois mundos diferentes: o lado pastoril do campo e o lado urbano, e também percebe-se que o mesmo critica ironicamente uma pessoa, cujo o nome não menciona.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirComo já dito anteriormente este poema de Cláudio Manuel da Costa, mostra dos lados opostos. De um lado o campo,lugar de paz, tranquilidade,inocência, onde a pessoas não ligam para a aparência.O outro lado,a cidade,lugar de violência ,sem paz,onde as pessoas se importam com a aparência e com dinheiro."Um só trata a mentira, outro a verdade."O autor critica ironicamente alguém,cujo nome não é mencionado no poema,por trocar a calmaria do campo pela violenta e conturbada cidade.
ResponderExcluirPercebe-se que estamos diante dum tema comum dos poetas neoclássicos(conhecidos também como arcadistas), que consiste basilarmente avalorização do campo, tal como fez Virgílio em Bucólicas, e no uso dos mitosgreco-romanos.
ResponderExcluirSe quiser saber mais sobre tal obra, procure em: http://docslide.com.br/documents/seminario-claudio-manuel-da-costa.html
Observando o poema , podemos perceber que ali está presente uma característica bem clássica do Arcadismo , como a valorização da natureza .
ResponderExcluirDe novo vocês não falam sobre os temas árcades como:
ResponderExcluir1- Fugere urbem
2- Carpe diem
3- Aurea mediocritas
4- Locus amoenus
5- Inutilia truncat