Enquanto pasta alegre o manso gado,
Minha bela Marília, nos sentemos
À sombra deste cedro levantado.
Um pouco meditemos
Na regular beleza,
Que em tudo quanto vive, nos descobre
A sábia natureza.
Atende, como aquela vaca preta
O novilhinho seu dos mais separa,
E o lambe, enquanto chupa a lisa teta.
Atende mais, ó cara,
Como a ruiva cadela
Suporta que lhe morda o filho o corpo,
E salte em cima dela.
Repara, como cheia de ternura
Entre as asas ao filho essa ave aquenta,
Como aquela esgravata a terra dura,
E os seus assim sustenta;
Como se encoleriza,
E salta sem receio a todo o vulto,
Que junto deles pisa.
Que gosto não terá a esposa amante,
Quando der ao filhinho o peito brando,
E refletir então no seu semblante!
Quando, Marília, quando
Disser consigo: “É esta
“De teu querido pai a mesma barba,
“A mesma boca, e testa.”
Disponível em: http://www.soliteratura.com.br/arcadismo/arcadismo03.php [Fragmentado]
*A Análise:
Esta lira escrita por Tomás Antônio Gonzaga mostra o eu lírico de certa forma convidando Marília a pensar sobre tudo que aprendemos e continuamos aprendendo com a natureza . Como foco queria colocar a natureza como a medida das coisas . Também podemos observar característica bem presentes do Arcadismo , como a linguagem simples , com naturalidade e a utilização do pseudônimo por parte do poeta . Pseudônimo que era muito presenta nos poemas da época com o intuito de meio que criar uma segunda identidade .
Aluno: Mateus Mota - Turma C
O autor usa a natureza para contextualizar seu sentimento pela amada. Lembrando que a natureza passa a ser vista através do pensamento racional e lógico com os ideias iluministas. Pelo soneto encontramos versos comprovando a paixão do autor pela amada: "Minha bela Marília, nos sentemos." O autor cita o nome de usa bela amada no soneto e é notável o carinho e o amor do autor, chamando-a de 'bela' de acordo com sua visão e pensamentos lógico pela razão.
ResponderExcluirTomás Antônio Gonzaga, ele tenta adquirir conhecimentos transmitidos através da forma pura da natureza, isso fica bem descrito em um trecho do texto "Um pouco meditemos, na regular beleza, que em tudo quanto vive, nos descobre, A sábia natureza. uma observação que pude fazer desse texto e que não devemos acabar com esse ciclo de conhecimento que a natureza nós proporciona, com o desmatamento, queimadas, mas não só o cuidado com a natureza em sí, mais os animais também tem o direito de ser livres, para ser apreciados nas gerações futuras.
ResponderExcluirTomás Antônio Gonzaga fala sobre oque os pais passam para cuidar do seu filho quando ele retrata como "filinho". O autor utiliza um certo fingimento poético e acaba por pôr a natureza para demonstrar seu sentimento pela sua amada.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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ResponderExcluirPodemos observar que o autor se refere a natureza como medida de todas as coisas,e é explícito o amor do autor pela moça,"Minha bela Marília, nos sentemos."Alem das características do arcadismo sitadas como a linguagem simples , com naturalidade e a utilização do pseudônimo por parte do poeta e ideias iluministas,podemos acrescentar também,frases na ordem direta e ausência de figuras de linguagem ou quase toda,mesmo assim podemos perceber a presença de prosopopeia em alguns versos.
ResponderExcluirPodemos observar no poema que há valorização da natureza como elemento de equilíbrio e harmonia que foi tão caro aos
ResponderExcluirárcades e aos pressupostos do Iluminismo como busca de uma ordem mais racional. Observa-se também o amor do autor pela amada.
O autor reflete sobre a natureza e sobre a relação entre mãe e filho. Em toda a lira ele mostra essa relação dos animais com seus filhos, a relação de proteção, de dar de comer até alguma dor que os filhos podem causar aos pais.
ResponderExcluirPessoal, vocês não estão falando sobre os temas árcades. Uma dica: vocês vão precisar deles para a avaliação.
ResponderExcluirMatheus Ribeiro, por favor, explique o que quer dizer "fingimento poético".